As plantas daninhas da soja são temidas por qualquer produtor do grão, afinal, uma única planta daninha é capaz de comprometer a produtividade de toda a lavoura.
Frequentemente, o Brasil fica em 1° lugar no ranking dos maiores produtores de soja do mundo. Deste modo, a produção do grão assume um papel importante para a nossa economia.
Porém, produzir um volume tão alto de soja com qualidade é algo bem trabalhoso, afinal, empecilhos como pragas, doenças e mudanças climáticas sempre aparecem.
Mas, sabe qual é o “problemão” pouco comentado que tira o sono dos produtores? As plantas daninhas da soja! Para te ajudar com isso, separamos as 6 principais e como combatê-las. Confira a seguir:
O capim-pé-de-galinha também é conhecido por capim-do-pomar ou pé-de-galinha. Essa planta daninha da soja anual ou perene, forma touceiras e a sua reprodução ocorre por sementes.
No Brasil, é comumente achado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Estima-se em até 50% as perdas em produtividade causadas pela presença desta planta daninha na cultura da soja.
Atualmente, existem diversos herbicidas registrados para o controle de capim-pé-de-galinha, sendo eles:
Praticamente todo produtor de soja já teve a “visita indesejada” do capim-amargoso. Também conhecido por capim-flecha, capim-açu e capim-pororó, suas características são: ciclo perene, herbácea, ereta e que forma touceiras.
Sua reprodução acontece através das sementes e por meio de curtos rizomas, logo, seu controle é dificultado. Mas, qual é o potencial de perda de produtividade dessa planta daninha da soja? Pode chegar a 20% na presença de apenas uma planta de capim-amargoso/m².
Bem como, temos entre os herbicidas registrados para o controle de Digitaria insularis em soja:
Igualmente, são usados para o controle do capim-amargoso os herbicidas em pré-emergência:
Para plantas perenizadas ou em áreas de elevada infestação de amargoso, são necessárias três aplicações sequenciais de herbicidas. Igualmente, o controle também pode ser feito por uma roçada e duas aplicações.
Em relação a escolha dos produtos, recomenda-se usar o glifosato junto com outros herbicidas. Por exemplo:
1° aplicação: glifosato + graminicida;
2° aplicação (rebrota): produto com ação de contato;
3° aplicação: não usar o mesmo graminicida da primeira aplicação.
A Buva é uma das principais plantas daninhas da soja, sendo comumente encontrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Sua dispersão de sementes e invasão de lavouras acontece com facilidade, por isso, as diversas variedades da planta são espécies altamente agressivas.
Assim, suas principais características são:
Afinal, quais são os impactos da Buva na lavoura? Primordialmente, essa planta daninha afeta diretamente na nutrição da cultura implantada em sua lavoura. Ou seja, sua presença tem potencial de ocasionar:
Para controlar a Buva é importante conhecer bem o histórico da lavoura onde ela foi encontrada, qual o sistema de produção e as práticas de manejo integrado já realizadas. Contudo, para combatê-la use algum dos herbicidas registrados:
Essa planta daninha é conhecida por diversos nomes, como: leiteiro, flor-dos-poetas ou café-do-diabo. Bem como, seu ciclo é anual, sendo uma planta ereta, pouco ramificada, lactescente e com reprodução por sementes.
O amendoim-bravo apresenta algumas características que o produtor deve se atentar, como:
Atualmente, para combater o leiteiro que aflige a soja temos os seguintes herbicidas registrados:
Estudos realizados por Ramires et al. (2010) demonstram a associação de herbicidas no controle de leiteiro com uma a três folhas, atingindo controle acima de 90% quando associado glifosato com cloransulam, flumiclorac, chlorimuron, imazethapyr, bentazon, fomesafen ou lactofen.
A presença do caruru na cultura da soja é capaz de reduzir o rendimento em até 80%, além de inviabilizar a colheita mecânica. Bem como, essa planta daninha se apresenta em diversas espécies, que são:
Caracteriza-se por ser uma planta herbácea, ereta, de caule cilíndrico, estriado longitudinalmente, liso ou com pouca pilosidade. Contudo, quando ereto é pouco ramificado, medindo de 60 a 100 cm de altura.
O caruru é uma planta anual, com ciclo vegetativo curto, de 60 a 70 dias. A propagação ocorre por sementes.
Portanto, o ideal é fazer o controle de maneira contínua e por meio de diferentes técnicas de manejo integrado. Assim, é indicado o uso de herbicidas em pré-emergência da cultura e das plantas daninhas.
Sabia que a trapoeraba costuma aparecer mais no período final do ciclo da cultura da soja? Sim, e embora pareça uma folha larga, é classificada como folha estreita devido às suas características morfológicas e fisiológicas.
Portanto, a falta de controle no ciclo da soja pode prejudicar a próxima safra. Esta espécie é uma planta complexa porque, além de tolerante ao herbicida glifosato, produz sementes aéreas e subterrâneas.
Os herbicidas usados no manejo da trapoeraba incluem: 2,4-D, glufosinato, chlorimuron, sulfentrazone, glifosato + imazethapyr, dicamba, clomazone, carfentrazone, lactofen, imazethapyr, s-metolachlor, fomesafen e flumioxazin.
Contudo, lembre-se de consultar a seletividade da cultura da soja na bula de cada produto.
Confira também algumas dicas para um manejo sustentável da soja no Brasil!
Acima é possível perceber que o manejo através do uso de herbicidas é eficiente contra as plantas daninhas da soja. Entretanto, para que a lavoura não sofra danos, o melhor a se fazer é detectar rapidamente o crescimento dessas ervas, assim, a produção e qualidade dos grãos não é afetada.
Por fim, essas são as 6 principais plantas daninhas da soja. Como você pode ver, eles podem afetar fortemente as culturas. Portanto, faça a prevenção e o manejo adequados para não comprometer a produtividade da sua lavoura.